quinta-feira, junho 24, 2021



                       70 anos

Que espero agora da vida,
a não ser o êxtase eterno da esperança,
a juventude do interior que não se acaba,
a parceira para a maturidade que tenho.

Que espero agora da vida,
a não ser o brilho do prazer mais gostoso,
o encantamento das vidas que observo,
a esperança que meus olhos sempre vêem.

Quero a continuidade do meu caminho,
descobrindo coisas do passado não vistas,
descobrindo amores novos em cada pensamento,
despertando o olhar para o que ainda não vi.

Quero experimentar tudo que me agrada,
se ainda não errei, quero errar um pouco que seja,
se ainda não amei, quero amar muito que seja,
se ainda não chorei, quero chorar.

Busco hoje o sentido de tudo sem culpa,
o prazer de não fazer nada,
a igualdade nos olhares trocados,
o fim dos beijos inacabados.


                            Luiz Alberto Monteiro, abril de 2021

4 comentários:

Anônimo disse...

👏👏👏👏🥰

Luiz Alberto disse...

Obrigado !!
Que bom que gostou.

Anônimo disse...

Viva intensamente! Vivas para o intenso! Amei esta poesia!

Anônimo disse...

Amei! " Busco hoje o sentido sem culpa..."