terça-feira, abril 14, 2020
Pensando à toa
Estou aqui, à toa, dialogo com o vento,
imerso no meu pensamento, penso,
te vejo andando, ouço teu passo no relento
caminhada solitária, a minha é o infenso.
O sol se põe a contragosto, percebo agora!
Mas se põe, esfria e a noite manda recado
com desfaçatez, percebo a noite com remora,
e entendo, solitário, esse jogo malfadado.
Volto a pensar em ti, imagino teus olhos
castanhos, sedentos, solitários, vadios.
Ah! Quantos vezes me imponho arrolhos.
Para não dizer, gritar um amor insano,
na minha pele sinto tremores, arrepios.
Quero teu olhar, toque, sou leviano!
Luiz Alberto Monteiro, abril 2020
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário