Poesia sem nome VI
Cadê minha realidade?
Tergiverso, desculpas eternas, prontas,
não vejo respostas no espelho,
cubro o rosto com a mão,
soluços pequenos, com lágrimas.
Evaporam nas loucuras alheias,
me carregando junto,
nem sempre o espelho responde
às minhas dúvidas e angustias.
O futuro foge nas noites úmidas,
escuras, tristes, sonhos horrores
com pessoas morrendo sem saber e sentir.
Em passos rápidos, na chuva caminho
soluçando, vejo pessoas levitando,
como se arcabouços fossem.
Cadê minha realidade?
Luiz Alberto, maio de 2021
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