sexta-feira, junho 11, 2021

Poesia sem nome VI

 

                Poesia sem nome VI


Cadê minha realidade?

Tergiverso, desculpas eternas, prontas,

não vejo respostas no espelho,

cubro o rosto com a mão,

soluços pequenos, com lágrimas.

Evaporam nas loucuras alheias,

me carregando junto,

nem sempre o espelho responde

às minhas dúvidas e angustias.

O futuro foge nas noites úmidas,

escuras, tristes, sonhos horrores

com pessoas morrendo sem saber e sentir.

Em passos rápidos, na chuva caminho

soluçando, vejo pessoas levitando,

como se arcabouços fossem.

Cadê minha realidade?


             Luiz Alberto, maio de 2021

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