sexta-feira, junho 11, 2021

Carinhos



            Carinhos


Que sofrida saudade sinto do teu louco carinho,
afagos do nada, e me acordas no meio da noite,
tuas mãos acariciam meus cabelos. No burburinho
de gemidos contínuos, dizes: queres que eu te beije?

Às vezes, penso que, tuas carícias eu dormindo, é sonho,
és tu delicado a acariciar meus seios, a olhar meu colo.
Queres que me sintas desfalecida, eu pressuponho
pois tuas mãos escorregam pelo meu corpo nu.

Viraste-me de lado, beijaste-me como sempre fazes,
sem nenhum pudor, tua língua não encontra limite,
junto as carícias repetitivas dos teus dedos, adormeço.

Nem lembro, só sei que meu corpo se contorcia,
com lembranças das trocas de amor que sempre
fazíamos, chego ao gozo, te arranho, te quero, durmo

                                              Tainá Santos, Janeiro 2021



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