Vedes pelo nesga da porta, solitária imponente
a flor do meu sonho arredio, sem destino certo.
Afoito roubei, pra te oferecer, nem percebeste.
E deixaste, se me querias, olhares arredios.
Ainda, teu nome não sei, nem me disseste e
a ti encantas esse jogo de entreluzes na alma,
a ti encantas esse olhar de espanto nas sombras,
a ti encantas esse cheiro, se avizinha de mim.
Não me transfigures em silêncios eternos,
querias o encanto do olhar calmo ou arredio,
querias o encanto do toque que chega tardio.
Percebeste, minha alma, nessa flor desabrochada,
mas não sei se quiseste a delicadeza do toque,
da flor nos teus seios, não sei prever teus anseios.
Luiz Alberto Monteiro julho 2020
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