Sonhos
Que imagens tortas e estranhas eu vejo agora,
existirmos, em sonho e devaneio, inquinado.
Pois quando me deste teu olhar na aurora,
senti calafrios, incômodos, meu corpo suado.
Ninguém verá os sonhos que sonhei.
São meus refugios, transes provocados, lúcidos,
tu me estendeste os braços, quase desmaiei,
em segredo. Meu corpo, reaje, tenho pruridos.
Vi rosas vermelhas, de um lado, é pequenina,
para oferecer a ti, no altar imaginário, meu cheiro
e quando assim percebeste, meu corpo se ilumina.
Embarco, eu imagino, em loucos devaneios.
Desço a teu lado inerte, minha pele fina,
com suor aflito, me abraça e acaricia meus seios.
Taina Santos, abril 2020
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