Paz
Na ternura encontro o encanto que se desmancha
em abraços, em véus de imensas cores se esconde,
veja aqui todos os usos que faço da vergancha,
sentado, olho as margens do rio, vejo o cambonde.
Que espera ele do ritual bonito, e cantado,
será a paz que encontra em sua prece pedinte.
Como sei? Já não ouço, agora estou marulhado.
Esquecido no meu ritual sou só meu ouvinte.
No entanto percebo as marés e a paz indistinta,
nego aos meus ouvidos o som do ferrageiro
que passa por perto, percebo minha finta.
Sucumbo aos encantos de tudo que ouço,
doei de mim o que pude, fui zombeteiro,
tenho paz, encantado com a brisa do zingamocho.
Itaipú, 14/12/2001
3 comentários:
Gostei continue publicando pois e sempre bom ler poesia
Claudio Jose Ribeiro
Muito boa.
Parabéns.
Luiz Alberto,
que poesia bonita, gostei muito
Um grande abraço da poeta
Claudia Abreu
Postar um comentário