Sedução
Quero ser a sombra do teu olhar
que corre pelo chão procurando alguém,
não sou eu, pois a mim não enxerga,
desfaz os meus sonhos e minhas utopias.
Às vezes quando me olha não me vê,
às vezes quando me toca é um engano,
às vezes quando me encontra, é desencontro,
da noite com o dia no ritual da sedução.
Não te seduzo agora, ainda, e nem nunca,
pois me seduz seu corpo sem nada fazer,
quero o delírio que não mereço,
quero tua estrada e entranhas que não conheço.
Já que não me quer agora e talvez nem nunca,
deixe meus olhos conhecer teu corpo,
deixe tua luz me guiar no escuro do prazer,
que sinto só, de tão real é o meu querer.
Tainá Santos, 17/12/98
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