Amor
Nas vezes que faço pouco caso dele,
olho do lado oposto ao meu coração,
ele pulsa, vê, eu só disfarço sem jeito,
e cada vez que me atrai, sorrateiro
que é, descubro olhares despercebidos.
Negligências passadas?
Melancolias presentes?
Mas na tua voz, vejo delicadezas
insanas ao meu coração sossegado,
mas que teme insanidades alheias.
Quando me estende teu coração aflito,
e o acolho em meu olhar cuidadoso,
e o acolho em pétalas de rosas.
e o acolho em abraços,
enfim sucumbo sereno,
e devolvo o olhar com amor.
Luiz Alberto Monteiro, março de 2021
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