Recado
Li teu recado,
não era de amor nem de saudade,
Li como se lê uma noticia comum, amarga, sutil...
Dizia: - qualquer dia te procuro, ando sem tempo.
Só isso, sem traumas , nem amor, nem lembranças.
E do prazer que me fez sentir? Esqueço, jogo fora
como quem se despede de um prazer único?
E das lembranças dos beijos mais loucos
que pelo meu corpo você deu e,
que até hoje se arrepia quando lembro, o que faço?
E do teu corpo que me persegue nas lembranças solitárias
em que o único refugio é a solidão amarga da saudade, que faço?
Meu corpo que ardia aos beijos, aos carinhos,
ao amor, ao gemido do prazer, ao olhar, que faço?
E de tantos homens que fingi amar, sentir,
só pra lembrar de meu amor por você , que faço?
Quem sabe lendo meu desabafo não dirá:
- que mulher terá tido tanto prazer que eu nunca consegui dar a ninguém.
E nunca imaginará que é do prazer
que senti nas suas mãos que falo,
daquele dia para mim único, eterno, que para você não foi nada.
Tainá Santos, Rio de Janeiro 01/2009
2 comentários:
Adorei ler a Tainá, aliás, adoro sempre ler essa mulher..
És o poeta das várias faces.. ;)
Beijos, amore
Diana Borges
Obrigado pela visita ao Rosa caída.
Vim fazer uma visita e gostei muito daqui.
Textos muito belos, parabéns.
Vou voltar.
Beijo rosa.
Nely.
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