Ventre da Terra
Nasci na água do ventre da terra,
sonhando por sonhos, promessas em vão,
descubro o entorno da vida, nos moldes de barro,
faço-os como a moldar meu rosto de criança.
Cresci mais um pouco, e achei a tarde,
na espera dos meus passos viris e lindos,
busquei no entorno dos caminhos, a vida
que, moleque que era, insistia em inventar.
Nesse caminho, descubro o brinquedo
estilingue, e lanço no ar a esperança
do sorriso eterno, que esqueci de guardar.
Cresci mais um pouco, e achei a noite,
na espera dos meus passos lindos e sutis,
busquei no entorno dos sonhos, o amor
que, teimoso que era, insistia em procurar.
Nesse caminho, descubro o amor
temporão, e sinto no ar o remorso
da alma, e vendo-me assim digo: enfim vou amar.
Itaipu, 29/11/06
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