Encontro
Descaso das palavras que não achei,
No mundo que dispara vendo os sonhos,
Para dizer de você, só falar com você.
Aonde estão as palavras ?
Perambulo no êxtase da incerteza,
Olhando incógnito as marcas do passado,
Não vejo tudo, e não acho o caminho que passei.
Qual caminho eu antes passei ?
Lembro do vento que atordoa o silencio,
Lembro das palavras que relembra o esquecido,
Mas de nada adianta, não encontro o procurado ainda.
Quero todos os encontros nesse meu dia,
E passo e repasso todos os casos contados,
E sei, digo, falo, e ouço do tudo ou do nada,
E passo e repasso todos os encontros vividos.
Será que achei todos os meus encontros ?
E assim, possa dizer tudo, sentir tudo,
Acho sim e descrevo as estórias mal contadas,
Que li, ouvi e relembro atordoado e confuso.
Não fui na vida um poente desconcertante,
Nem um ocaso que inebria os sóis diários,
Sou apenas um vivente ansioso e sôfrego,
dos despertares alheios,
E dos meus encontros, que sempre acho, tardios.
Carrego tua imagem inventada, te vejo lindo!
Nunca te vi, ando por onde não passa.. não sei.
Sempre te vi nos retratos inventados... só assim consigo.
Um dia no rosto te beijo. Um dia recebo teu beijo.
Luiz Alberto Monteiro
Itaipú, 06/98
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